Tralha de Pesca

Olá pessoal.
Nesta matéria estaremos falando um pouco sobre as “tralhas” de pesca, varinhas, molinetes, carretilhas, anzóis, etc.

Molinetes:

- Equipamento muito requisitado para pesca, principalmente entre pescadores iniciantes.
Possibilita a troca do carretel no meio da pescaria, assim podendo trocar a linha e melhorar o desempenho.
Diferente da carretilha, o molinete tem os rolamentos exclusivamente para o bobinamento da linha, e é onde tem também seu ponto negativo, já que as carretilhas para o arremesso usam rolamentos para o carretel girar, fazendo com que a linha saia de forma reta, e no molinete você apenas abre a trava e arremessa, com isso a linha sai de forma espiral, desgastando linhas, passadores e dificultando a precisão do arremesso.
Podemos encontrar no mercado vários tamanhos de molinetes, que com isso varia a capacidade de linha. Chegamos a ter molinetes com capacidade acima de 300 metros de linha.

Carretilhas:

- Equipamento usado por pescadores um pouco mais experientes, tem a mesma função do molinete, com a diferença de formato e arremesso Muito usado também com iscas artificiais, por facilitar a precisão do arremesso e o trabalho da isca.

Temos vários tamanhos de carretilhas, até mesmo carretilhas digitais, onde pode-se saber quanto de linha já usou e quanto ainda tem no carretel.

Varas:

- Existe muitos modelos de varas que vão desde a tradicional vara de bambu até as produzidas a partir de fibras.

Devemos levar em consideração também o tamanho de cada uma que varia, por exemplo, muitos pensam que varas maiores facilitam nos arremessos mais longos, o que não esta totalmente incorreto, mas o que facilita num arremesso longo é o atrito da linha com os passadores, tendo em mente também que o peso da chumbada ajuda muito.
Algumas das variedades de varas que podemos encontrar no mercado é as tradicionais varinhas de bambus e telescópicas lisas, usadas para aquelas pescarias mais tradicionais de espera.

Temos também varas para carretilhas ou spincast onde as características praticamente são as mesmas, tendo um gatilho de apoio, diferente de varas para molinetes, onde os passadores passadores são mais alongados e não precisa do gatilho, por poder usar o própio molinete como apoio.
Varas para fly já para pescas mais leves, usadas para pesca leve, onde muitos consideram apenas uma pesca de grande técnica e conhecimento.

Conforme podemos ver na imagem a seguir, podemos encontrar varas de ação:

Ultra rápida, onde a vara curva-se somente na parte da ponta;
Ação Rápida, onde a vara curva-se na terça parte superior da vara;
Ação Média, onde sua curvatura estende-se por metade da parte superior da mesma;
Ação Lenta, curva-se quase toda a vara.

As varas são formadas pelos grips ou handles (cabos) e pelo blank (corpo), os tubos principais. A ponta mais grossa dos blanks, os pés, chamasse butt e outra extremidade do blank chamasse tip (ponta). Os demais componentes chamam-se passadores ou guias (guide) e ponteiras (tip top).

A medida das linhas que pode-se usar nas varas, variam de uma para outra, uma das formas mais fácil de saber que tipo de linha pode-se usar é perguntar para o vendedor, ou em toda vara, em seu butt, vem com algumas especificações, contendo como por exemplo 20-40-Lb, 10 a 14 libras, não se deve colocar na carretilha ou molinete linhas abaixo de 10 libras, isso corresponde aproximadamente às linhas de 0,30mm a 0,35mm. Para efeito de cálculos, uma libra = 453,59 gramas. Para o exemplo acima, multiplica-se 14lbs x 0,45359kg = 6,3kg.

Quando por adquirir uma vara para pesca, como qualquer outro equipamento, tenha em mente de que tipo de pescaria irá fazer, não hesite em perguntar para o vendedor ou para algum pescador mais experiente.

Garatéias:

- São agrupamentos de anzóis similares a uma âncora, normalmente os mais usados são os de três pontas, muito usados em iscar artificiais, mas também usados com iscas vivas. Basicamente para a escolha da garatéia, os mesmos princípios da escolha de anzóis (tamanho do peixe, tamanho da isca, resistência do peixe e resistência do material).

No caso de usar com iscas artificiais, deve-se levar em consideração também o peso da garatéia, sabendo que quanto maior e mais grossa, mais pesada a isca irá ficar.

Anzóis:

- Existem vários tamanhos e modelos de anzóis, para saber qual o tipo de anzol é melhor para a pescaria, deve-se ter em mente que tipo de peixe irá fisgar, por exemplo, um anzol usado para pescar um pintado que tem a boca grande, provavelmente não irá fisgar um piau. Com peixes com mordidas mais fortes por exemplo o Tambacu, pode-se usar um anzol um pouco mais grosso.

Para a pesca esportiva, os anzóis mais usados são anzóis sem fisga, onde pode-se estar tirando a fisga com um alicate, ou mesmo estar comprando o mesmo sem fisga.
Podemos encontrar no mercado hoje em dia alguns destes exemplos de anzóis:
Anzol beak – Resistente e fisga firmemente, muito usado na pesca de grandes peixes, mas também usados para a pesca de pequenos peixes.
Anzol bowed – Resistente e com fisgada profunda, dificultando que o peixe escape, muito usado na pesca de alguns peixes mais manhosos.
Anzol carliste – Tem sua parte traseira (haste) mais longa, evitando que peixes com dentes corte a linha.
Anzol crystal – Facilita a fisgada de peixes com bocas pequenas, ou peixes pequenos.
Anzol kirby – Muito utilizado com iscas vivas.
Anzol wipe gape – Possibilita que a isca viva por mais tempo, e com maior liberdade de movimento.
Certifique-se de sempre ter o anzol bem afiado, para não estar perdendo a fisgada, caso não esteja, pode-se estar usando uma lima comum para se estar o afiando.
Um dos maiores conselhos que já recebi de em relação a anzol, e hoje aconselho pescadores iniciantes, é para sempre ter em mente que, “anzol grande não pega peixe pequeno, mas anzol pequeno também pega peixe grande”.

Encastoadores:

 

Utilizado com o proposite de proteger. Hoje em dia pode-se encontrar alguns prontos para a compra, ou simplesmente o material para montar um, ou ainda, para a pesca de algumas espécies de peixes, pode-se estar usando uma linha um pouco mais grossa na ponta, ou dobrando a ponta da que já esta usando para que ela fique mais grossa.
Os encastoados mais encontrados para comprar pronto são de aço flexível e encapado (cabo de aço), ou aço rígido, parecido com um arame.
Cada um tem suas vantagens e desvantagens, como por exemplo o de aço rígido como vantagem, é mais difícil de se romper, agüentando peixes de mordidas mais fortes e de dentes mais afiados, uma das desvantagens é de ele amaçar, e com isso, dependendo de como amaçou, dificulta a fisgada, diferente do “cabo de aço”, que tem como sua principal característica ser flexível, mas a desvantagem, é que em muitos casos, dependendo do peixe fisgado, se o peixe chegar a alcançar o cabo de aço, ele pode o cortar com os dentes.

Chumbada:

Os chumbos para pesca variam de tamanho e formato, podemos encontrar formatos de Oliva, que são os mais comuns, gota, gota quadrada, pirâmide, bomba, bomba com alça, torpedo, entre outros.

Li num livro japonês sobre estar fazendo chumbadas com formatos imitando algumas características de onde se esta pescando, como por exemplo na pesca de praia, estar usando o chumbo no formato de estrelas, imitando uma estrela marinha por exemplo, tudo para estar fazendo com que o peixe não desconfie de nada.

Bóias:

- As bóias são necessárias para algumas modalidades de pesca, e principalmente com algumas várias espécies de peixes de escamas, já que a maioria dos peixes de couro é melhor com pesca sem bóias, apenas chumbos.
Entre os inúmeros modelos de bóias, todas tem um mesmo objetivo em comum, manter o anzol iscado longe do fundo, e com que, quando o quando o peixe é fisgado, a bóia balança ou afunda na água.
O material para fabricação de bóias varia, sendo geralmente cortiça, plástico, madeira e isopor, que são as mais comuns.
Veja alguns exemplos de bóias:
Bóias lambari, que são bóias no formato de pião, feitas de isopor, e geralmente tem duas cores.
Bóias luminosas, usadas especialmente para pesca noturna.
Bóias de arremesso, muito utilizadas para arremessos longos.
Bóias cevadeiras, tendo um compartimento que é preenchido com ração. A força centrífuga produzida pela rápida rotação faz com que a ração não caia antes de chegar na água, a queda, a bóia afunda, pela força do peso do chumbo preso ao fundo, e a ração presa pela tampa é liberada à meia-água, os peixes comem esta ceva e acabam chegando ao anzol.
Temos muitas outras variedades de bóias, que acredito não necessárias na tralha inicial de um pescador.

Usando todas estas dicas, acredito que, um pescador iniciante, que esteja querendo montar sua tralha, já tem uma idéia do que comprar, mas como já citei algumas vezes, não tenha vergonha de fazer alguma pergunta para o vendedor da loja onde for comprar, o importante não é mostrar que já sabe o que comprar, e sim comprar o que se esta precisando tendo em mente o que quer pescar.